Nesta
manhã chegam versos,
Pesenteando-me, contigo ...
Jovem,
menino que presenciou,
Melancólicos
dias vivenciados.
Tão,
logo, queria saber: — Por quê?
Sendo
que nem eu sabia...
Hoje,
o que viria da enxurrada,
Tecnológica
que levaria você.
Nesta
manhã chegam versos,
Pesenteando-me, contigo ...
Jovem,
menino que presenciou,
Melancólicos
dias vivenciados.
Tão,
logo, queria saber: — Por quê?
Sendo
que nem eu sabia...
Hoje,
o que viria da enxurrada,
Tecnológica
que levaria você.
Ainda há um jeito do poema ser livre:
É quando uma autoria respeita a outra.
Seja crua ou refinada.
Me peguei em uma simulação
D'uma tal baba escorrendo à boca,
Dentre tantas, neste ano que vai
Terminando, outras tantas.
Quanta crueza, cruel, crueldade,
Recuso gravar em poema
O regente de cena como esta,
Se tivesse o medo simulador disso tudo,
Perquiridor, requerido em desenfreio
Restando uma fresta em bom senso,
Daria-me eu mesma a prognose : — Loló.
Já disse e digo o quanto for preciso:
Somar com o ardil, e deixar de cantar
O mundo, para criar obra em prol
De uma só pessoa, rumo ao
Linchamento insano ,ó, me esquece!
* * *
Xi, e não é que o paradoxo alargou?
Muito da concretude se falou para
Chegar aqui e mal pôde com ele.
.
Quem dera a chance de feito criança,
chorar.
Sem que pessoas adultas
interrompessem,
Para com certo ardil, somar.
— Absurdo, até isto agora.
Agora? Ahaha, fosse primeiro e o
segundo, nicles!
O mundo seria outro.
Doce, este viajante.
Está em todo o lugar,
De olho n'alguns corações...
Ao d e s a t a r das mãos,
Donde há de poisar.
Como uma Mulher que nunca saiu da terra
De onde nasceu era dotada de tantos saberes?
Tão doce a minha avó Carlinda, nem sei
Da fonte que absorveu tamanha
doçura.
Ela que na infância com a concha foi ferida,
Separada, ainda, mas foi crescendo...
Superou e refez a vida, da roça trouxe
Preciosos
saberes: os benefícios do sal um deles:
— Recolhe com a mão a dor de batida, ameniza
Inclusive os galos do coco de criança levada.
Falava de amor e quando preciso ficava brava.
Ainda, ao falar deixava sempre escapar:
— A carência de amor do mundo.
No entanto, frutos do amor hão sempre de despontar.
Furor que irrompe eras,
E os quatro elementos, não dão conta de apagar,
Com carinho, cinge, em qualquer lugar.
Não chega á todas pessoas,
De aceitação incondicional,
Repudia mentira, quem dirá hipocrisia.
Poderoso, rebelde sentimento.
Desafiou impérios, ultrapassou fronteiras,
Liberto de preconceito, racismo e afins,
O Amor faz-se uno, não se deixa manejar,
O Amor requer paridade e nunca tripudia.
Diversos caminhos na vida, pode-se desviar,
Mas dar às costas ao Amor?
Amor, sentimento que não se despreza,
Conquista, traz para junto, vive .
Se houver consequência haja força
Para suportar, pode-se desencontrar,
Quão raro, ao passo possível se espalhar.
De quem fica o adeus à distância
Um afago, ao desabafo, uma palavra...
Oh! Sangra coração, chora, malfadado
Ao nascimento sempre gera boas-vindas!
E o vinco do cuidado sobre a fronte.
O medo e a coragem de mãos dadas,
Entre discórdias e olhares o tablado:
A pedra de gelo — Fique em casa! Transfigurada
Foi derretendo... Mais e mais, dissolvendo:
— Se puder, fique em casa.
A natureza em consonância noite e dia
Com a paleta, colorida, põe-se fresca
Emana bem-estar: amena, envolvente, calorosa
Ou numa rápida resposta, chacoalha, ao tornar-se furiosa.
Era uma bela manhã,
quando,
Um Homem da cor da noite,
De frente à nossa sala
No Centro de São Paulo
chegou.
Professor Eduardo de
Oliveira,
Poeta, de herança
parnasiana,
Na obra imortalizou-se.
Um ser de vontade tamanha:
Vida, ação, preocupação e dedicação.
Fulgura o olhar rutilante,
Celeste, etéreo diamante.
O sorriso em par de
covinhas.
Sedento de Justiça Étnica
no Mundo.
Longevo, apaixonado por
vida e gente.